quarta-feira, 15 de julho de 2009

retrato

Ela era branca branca branca
Dessa brancura que não se usa mais...
Mas tinha a alma furta-cor
(Mario Quintana)

terça-feira, 7 de julho de 2009

desabafo eterno de uma simples pessoa

Eu simplesmente não sei escolher profissão. Pra demonstrar o quanto sou indecisa escolhi logo três. Sou bacharel em Publicidade e Propaganda, formada em Fotografia Digital e cursando o segundo semestre de Jornalismo. Pois é, escolhi as três profissões mais fudidas e banalizadas do mundo.
Hoje qualquer pessoa é publicitário, faz publicidade, é marketeiro. Para deixar esse meu desabafo ainda mais penoso, relembro o fato de que não se precisa mais do diploma para se intitular jornalista.
Mas o que hoje me deixa nervosa, descabelada, correndo por aí gritando nua é: qualquer um que tem uma câmera digital é fotógrafo.
Estar no lugar certo, na hora certa com uma câmera mais ou menos não faz de você um profissional de imagens. É muito fácil ir para um lugar lindo [praia, campo, rua de paralelepípedos, etc], num dia ensolarado e voltar de lá com uma foto perfeita. Não, isso não faz de você um fotógrafo.
Eu já passei por isso, notei que queria isso para minha vida quando numa viagem à Itamambuca me dei conta que tinha dom pra coisa. Leiam bem: tinha dom pra coisa. Corri atrás, terminei o curso de PP [onde aprendi técnicas de fotografia analógica e sim, aprendi a revelar fotos] e corri para um curso técnico de Fotografia DIGITAL. Estudei, estudei, aprendi técnicas variadas, aprendi a mexer com iluminação, cenário e tudo que se pode imaginar. Isso foi inútil?! Pois eu acho que não.
Fotografar o seu priminho mostrando a língua não faz de você um fotógrafo. NÃO FAZ!
E é isso que me irrita profundamente, o dom, o olhar, o feeling são só algumas das muitas coisas que fazem das pessoas grandes profissionais. Estou longe de ser boa o bastante para parar de estudar, ou para parar de aprender e treinar. Tenho MUITO o que aprender, mas estou aqui para desabafar.

O seu feeling precisa de uma técnica.